Com média de 9,6 anos, população do RN tem maior tempo de estudo da região Nordeste
13/06/2025
(Foto: Reprodução) Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE referentes ao segundo trimestre de 2024 e foram divulgados nesta sexta (13). Sala de aula em escola em Natal
Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
Com uma média de 9,6 anos, o Rio Grande do Norte é o estado do Nordeste com maior tempo médio de estudo da população com 15 anos ou mais, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) referente ao segundo trimestre de 2024.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (13) pelo IBGE. No país como um todo, o estado ficou na 16ª colocação.
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A pesquisa do IBGE também apontou uma redução do analfabetismo desde 2016, porém o estado ainda mantém índices mais altos que a média nacional.
Em 2016, o percentual da população analfabeta no país era de 6,7%. No ano passado, caiu para esse índice caiu para 5,3%.
O percentual do Rio Grande do Norte era de 13,8% em 2016 - muito próximo ao da região Nordeste, que era 13,9%. No ano passado, o resultado do estado foi 10,4%, enquanto o da região chegou a 11,1%.
Na região metropolitana de Natal, a taxa de analfabetismo é ainda menor: 4,7%.
Segundo o IBGE, ainda há diferenças importantes, na comparação entre sexos. A taxa de analfabetismo entre os homens potiguares chega a 13,5%, enquanto, no caso das mulheres, é quase a metade: 7,7%.
A população mais idosa também é a mais afetada, embora tenha registrado avanços importantes. Entre os potiguares com mais de 60 anos, a taxa de analfabetismo caiu de 38,7% em 2016 para 27,8% no ano passado.
Quando o assunto é raça ou cor, os dados apontam uma maior taxa de analfabetismo entre pessoas pretas e pardas no Rio Grande do Norte.
A taxa teve redução mais expressiva entre pretos ou pardos, cuja taxa caiu de 15,6% em 2016 para 11,5% em 2024. Já entre brancos, o índice passou de 10,8% para 8,7%.
"Embora os avanços tenham sido generalizados, os dados reforçaram a persistência de disparidades raciais no analfabetismo, que seguem como desafio para as políticas públicas educacionais no país", considerou o IBGE.
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O IBGE observou uma redução na proporção de pessoas sem instrução em mulheres, de 7,6% para 5,4%, enquanto entre homens o indicador permaneceu estável (9,3%).
No ensino fundamental incompleto, houve uma redução entre os homens (de 39,2% para 29,2%) e também entre as mulheres (de 33,2% para 27,4%), indicando progressão no percurso escolar.
O percentual de pessoas com ensino médio completo aumentou, de 24% para 28% entre os homens e de 26,3% para 30% entre as mulheres. O nível superior completo apresentou crescimento, principalmente entre as mulheres, passando de 11,8% em 2016 para 16,5% em 2024, enquanto entre os homens subiu de 7,7% para 12,4%.
"Esses dados revelam não apenas avanços educacionais gerais, mas também um processo contínuo com mulheres apresentando níveis mais altos de escolarização no estado", considerou o IBGE.
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